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USP oferece curso gratuito online de atualização sobre aspectos operacionais e de vigilância da fluoretação de sistemas de abastecimento de água

O Brasil ocupa destacada posição de vanguarda, em nível mundial, no uso da fluoretação da água como uma tecnologia contemporânea de saúde pública. Implementada em cerca de 3.400 cidades distribuídas em quase todos os estados da Federação, a medida, comprovadamente eficaz para prevenção da cárie dentária, beneficia atualmente mais de 70% dos brasileiros. Em que pese essa expressiva cobertura e de se tratar de uma política pública longeva e bem-sucedida no país, não estão disponíveis cursos de atualização profissional enfocando seus avanços científico-tecnológicos.

Frente a esse quadro, com apoio da Comissão de Cultura e Extensão da Faculdade de Saúde Pública, a USP por meio do Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal, dará início a um curso de atualização, de 80 horas, com 300 vagas, sobre aspectos operacionais e de vigilância da fluoretação da água. O curso é gratuito e totalmente online e autoinstrucional, devendo ser realizado em até 4 meses.

O conteúdo está distribuído em 13 aulas estruturadas em cinco módulos sobre 1) efetividade; 2) segurança; 3) requisitos técnicos; 4) vigilância sanitária e 5) princípios éticos e valores morais envolvidos nessa tecnologia de saúde pública. Os módulos têm estrutura similar: videoaula, textos de apoio e exercícios de fixação, entre outras atividades, com duração de 16 horas cada. Para ter acesso ao módulo subsequente, é preciso concluir o módulo anterior. A opção pelo ensino a distância decorre da necessidade de ampliar o alcance a fim de atingir um público amplo e diversificado.

As inscrições ocorrem de 11 a 13 de maio e podem ser feitas clicando aqui.

Todas as inscrições realizadas neste período serão aceitas. Havendo mais de 300 candidatos, o sistema fará um sorteio. Após a conferência da documentação, os selecionados serão matriculados e terão acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem.

No Brasil, cerca de 60% dos municípios não têm alimentado o Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água (Sisagua) em relação ao parâmetro fluoreto. Há, portanto, um espaço importante, para a expansão/qualificação dos sistemas de fluoretação junto aos responsáveis pelo tratamento e abastecimento da água, e ao mesmo tempo, um terreno amplo para a incorporação do parâmetro fluoreto nos sistemas de vigilância da qualidade da água. Cabe aos profissionais e trabalhadores da vigilância da água e da saúde bucal coletiva, orientar as autoridades sanitárias e de saneamento para que essa lacuna seja progressivamente superada, dinamizando a interação entre os órgãos ligados aos diferentes setores. Estabelecer linhas de cooperação em torno de uma agenda comum voltada à implementação/qualificação dos sistemas de fluoretação onde exista estação de tratamento é crucial para fazer cumprir a Lei 6050/74 e assegurar a proteção da saúde bucal da população.